A história não se repete, mas rima: quais setores investir agora no Brasil
Crescimento econômico moderado e incertezas externas oferecem oportunidades em commodities, energia renovável, infraestrutura e tecnologia
INVESTIMENTO


Em um cenário de crescimento econômico mais moderado, estimado em +2,3% para 2025, o Brasil atravessa um momento de ajustamento marcado por juros elevados, dívida pública expressiva e tensões externas. Mesmo com esses desafios, padrões históricos de recuperação e transição setorial oferecem pistas valiosas: embora a história não se repita, ela com frequência rima, e o investidor atento pode identificar segmentos com potencial de valorização e resiliência.
O primeiro setor em destaque é o de commodities e energia fóssil, impulsionado pela recente descoberta da BP no campo Bumerangue, que representa o maior achado em petróleo e gás na costa brasileira em 25 anos. Com investimentos da Petrobras e outras majors planejados em novos blocos do pré-sal, o setor extractivo segue atraente, especialmente se os preços do petróleo se mantiverem firmes.
Outra área promissora é a de energia renovável e infraestrutura energética. O Brasil tem capacidade crescente em solar (53,9 GW) e eólica (cerca de 29 GW até meados de 2025), atingindo mais de 20% da matriz elétrica nacional. A combinação do Plano de IA do governo brasileiro com infraestrutura limpa também desperta interesse: centros de dados sustentáveis devem prosperar à medida que multinacionais (Microsoft, Amazon etc.) expandem investimentos no país.
O setor de infraestrutura e logística vive um momento positivo, com investimentos privados previstos em torno de R$ 300 bi em 2025, direcionados a transportes, energia e projetos urbanos. Esses esforços tendem a criar demanda por construção, concessões e mobilidade, gerando oportunidades em ações e títulos ligados ao setor.
Em paralelo, vale acompanhar o avanço da tecnologia, IA e indústria 4.0. Programas como EBIA e e‑Digital fortalecem adoção de IA nas empresas brasileiras, sobretudo em indústrias automotivas, químicas e saúde. Os ganhadores serão grandes empresas com capacidade de digitalizar processos, reduzir custos e escalar produtividade, além de startups que possam se inserir em cadeias globais de tecnologia.
No cenário macro, apesar dos juros altos (Selic em 15%) e déficit fiscal, o consumo interno continua firme, sustentando empresas com foco no mercado doméstico. Fundos estrangeiros ainda moderam suas saídas, mas mantêm exposição em segmentos como Energia, Utilities e Materiais, enquanto investidores locais seguem vendendo ativos com menor escala.
Nota editorial: A imagem deste artigo é meramente ilustrativa, gerada por inteligência artificial. Não representa eventos, pessoas, objetos ou lugares reais. Em caso de figuras públicas, marcas ou personagens fictícios, a representação é simbólica e sem intenção de retratar fatos reais ou infringir direitos autorais.
Principais Informações
BP fez a maior descoberta de petróleo em águas brasileiras em 25 anos, reforçando perspectivas no setor de energia.
Cobertura renovável avança: solar com ~54 GW e eólica com ~29 GW instalados em 2025.
Investimentos privados em infraestrutura devem atingir R$ 300 bi em 2025.
Programas nacionais impulsionam IA e Indústria 4.0, especialmente em automotivo, saúde e químicos.
Setores mais buscados por estrangeiros: Energia, Utilities e Materiais; capital doméstico permanece cauteloso.
Economia segue crescendo moderadamente com forte consumo interno, apesar dos juros elevados.
Opinião Feed Financeiro
Quando dizemos que “a história não se repete, mas rima”, estamos destacando como crises passadas e ciclos atuais compartilham dinâmicas semelhantes: o Brasil responde aos choques globais com realinhamento setorial. Hoje, há marcas claras de que os setores tradicionais – como commodities e energia – continuam relevantes, mas novos vetores emergem com poder disruptivo: a aposta em energia sustentável, IA e infraestrutura moderna representa o rimo renovado do passado.
Para o investidor, isso significa diversificação inteligente: empresas ligadas à exportação e à produção de petróleo podem depender dos preços globais, mas o avanço da energia limpa e da digitalização industrial oferece resiliência e potencial de crescimento estável. Em um mercado volátil, vencerá quem antecipar essas rimas e posicionar portfólios com visão de longo prazo, mesclando ativos defensivos e de inovação tecnológica.
Fontes: Reuters, Investing.com, BBVA Research, Time