Ativos defensivos ganham destaque: onde buscar segurança na B3 agora

ETFs de ouro, instrumentos de proteção contra inflação e ações resilientes se tornam opções em meio à volatilidade do mercado

INVESTIMENTO

Equipe Feed Financeiro

8/20/20253 min read

Em um momento de forte volatilidade na B3, agravada pela recente decisão do ministro do STF Flávio Dino, que trouxe incertezas jurídicas e pressionou fortemente o setor financeiro, investidores têm buscado alternativas capazes de oferecer maior proteção. O cenário é marcado por queda de 2,10% no Ibovespa no fechamento de 19 de agosto de 2025 e valorização de 1,22% do dólar, em R$ 5,5009, o que reforça a necessidade de se olhar para ativos defensivos.

Nos últimos meses, determinadas classes de investimentos se destacaram pela resiliência diante de choques externos e internos. Entre elas, ganham força os ETFs de ouro, instrumentos de proteção contra inflação e juros, além de ações de setores com histórico de maior estabilidade.

O avanço dos ETFs de ouro

Os fundos atrelados ao ouro têm registrado crescimento expressivo. O GOLD11, principal ETF do segmento na B3, movimentou cerca de R$ 4 bilhões em 2025, com elevação de 141% no volume médio diário em relação ao ano anterior. Em cenários de incerteza, o metal se firma como um porto seguro, preservando valor e reduzindo a exposição a riscos localizados. Analistas ressaltam que o ouro não apenas protege contra desvalorizações da moeda, mas também se mostra eficiente para equilibrar carteiras expostas a ativos de maior risco. Esse movimento é reflexo de uma tendência global, em que investidores priorizam ativos tangíveis em períodos de instabilidade.

Proteção contra inflação e ações defensivas

Outro grupo relevante envolve os instrumentos de renda fixa e derivativos usados como proteção contra oscilações de juros e inflação. As operações estruturadas de DI1, conhecidas como EDSs, cresceram 92% no volume médio diário em 2025, enquanto os futuros de cupom do IPCA (DAP) avançaram 15%. Esses instrumentos são utilizados por investidores institucionais e também por pessoas físicas mais sofisticadas, justamente por oferecerem proteção em momentos de incerteza na política monetária e nos preços.

No campo das ações, setores historicamente defensivos também se tornaram mais atrativos. Companhias de energia elétrica, saneamento e algumas instituições financeiras sólidas mantêm receitas mais estáveis e, em muitos casos, têm parte de sua estrutura atrelada ao dólar. Essa característica as torna menos vulneráveis às pressões locais, ajudando a preservar margens de lucro e reduzir riscos para investidores. Além disso, analistas destacam que empresas desses segmentos costumam manter uma política consistente de dividendos, o que reforça seu papel como ativos de resiliência em períodos de volatilidade.

Nota editorial: A imagem deste artigo é meramente ilustrativa, gerada por inteligência artificial. Não representa eventos, pessoas, objetos ou lugares reais. Em caso de figuras públicas, marcas ou personagens fictícios, a representação é simbólica e sem intenção de retratar fatos reais ou infringir direitos autorais.

Principais Informações

  • ETFs de ouro, como GOLD11, movimentaram R$ 4 bilhões em 2025, alta de 141% no volume diário.

  • Operações estruturadas de DI1 (EDSs) cresceram 92% no volume médio diário.

  • Futuro de cupom do IPCA (DAP) avançou 15% em 2025.

  • Setores defensivos como energia elétrica, saneamento e instituições financeiras sólidas oferecem maior estabilidade.

  • Busca por proteção aumentou após queda de 2,10% do Ibovespa e dólar em R$ 5,5009 no fechamento de 19/08/2025.

Opinião Feed Financeiro

O momento vivido pela B3 ilustra a importância de pensar além do retorno imediato e avaliar os riscos que cercam cada investimento. A turbulência recente mostrou como setores sensíveis podem reagir de maneira abrupta, enquanto ativos com características defensivas cumprem o papel de amortecer perdas e preservar capital.

Os ETFs de ouro e os instrumentos de proteção contra inflação e juros ganham destaque não apenas como alternativas de curto prazo, mas também como ferramentas de equilíbrio em carteiras diversificadas. Já as ações de setores essenciais se consolidam como pilar de segurança, especialmente em momentos em que a confiança do investidor é colocada à prova.

A lição é clara: em tempos de incerteza, a diversificação e o foco em ativos resilientes não são apenas teoria, mas prática indispensável para quem deseja estabilidade. O desafio, porém, continua sendo encontrar o equilíbrio entre buscar proteção e não abrir mão das oportunidades de crescimento que o mercado, inevitavelmente, ainda oferece.

Fontes: B3 DataWise+, Infomoney, Seu Dinheiro, CNN Brasil, Bora Investir