Brasileiros não revisitam metas financeiras no meio do ano, aponta estudo
Falta de acompanhamento compromete resultados, mas especialistas reforçam que pequenos ajustes ainda podem resgatar o planejamento
COMPORTAMENTO


Um estudo divulgado pela Serasa Experian revelou que, embora grande parte dos brasileiros inicie o ano com metas financeiras bem definidas — como quitar dívidas, organizar o orçamento ou começar a investir —, a maioria não mantém o acompanhamento ao longo dos meses. A pesquisa mostra que apenas 40% dos entrevistados revisam suas metas no meio do ano, prática considerada decisiva para o sucesso de qualquer planejamento financeiro.
O impacto da falta de revisão
Deixar de revisar objetivos compromete diretamente o alcance das metas. O aumento do custo de vida, despesas imprevistas e dívidas acumuladas são fatores que frequentemente afastam as pessoas do que foi planejado em janeiro. O entusiasmo inicial se perde, e muitas famílias acabam retomando hábitos antigos, como o uso excessivo do crédito e a ausência de poupança.
Segundo especialistas, o problema não está apenas na renda disponível, mas na falta de constância e de adaptação. Sem ajustes periódicos, até mesmo quem começou o ano organizado corre o risco de perder o controle no decorrer dos meses.
Ajustes estratégicos no meio do ano
Apesar do cenário, o estudo indica que muitos brasileiros demonstram intenção de retomar o controle financeiro ainda em 2025, com foco em cortar gastos desnecessários e rever prioridades. A recomendação dos consultores é simples: a revisão não exige grandes mudanças, mas sim pequenos ajustes estratégicos.
Entre as práticas sugeridas estão: atualizar planilhas ou aplicativos de gastos, renegociar dívidas, revisar contratos de serviços e reavaliar investimentos. Mesmo ações pontuais podem liberar recursos importantes para que metas mais amplas, como criar uma reserva de emergência ou antecipar o pagamento de dívidas caras, sejam retomadas.
Planejamento como processo contínuo
Outro ponto destacado pelos especialistas é que o planejamento financeiro não deve ser tratado como uma promessa de Ano Novo, mas como um processo contínuo e adaptável. Criar o hábito de revisar metas de forma bimestral ou trimestral fortalece a disciplina, aumenta a clareza sobre as finanças e melhora a tomada de decisões.
Essa rotina permite que as metas sejam ajustadas à realidade do momento, sem a sensação de fracasso. Em vez de abandonar completamente os objetivos quando surgem dificuldades, o indivíduo aprende a adaptar o percurso, mantendo viva a intenção inicial. Pequenas atitudes de constância, quando somadas ao longo do ano, podem ser a diferença entre terminar 2025 endividado ou alcançar estabilidade financeira.
Imagem meramente ilustrativa
Principais Informações
Apenas 40% dos brasileiros revisitam suas metas financeiras no meio do ano.
Metas mais comuns envolvem quitar dívidas e economizar.
Aumento no custo de vida e dívidas interferem no planejamento.
Muitos ainda demonstram intenção de retomar o controle financeiro.
Especialistas recomendam revisão periódica e ajustes pontuais.
Opinião Feed Financeiro
Planejar é importante, mas revisar é essencial. Em um cenário econômico desafiador, manter constância na análise do orçamento é o que separa a boa intenção do progresso real. Revisar metas financeiras no meio do ano não é sinal de fracasso — é um gesto de maturidade e de adaptação à realidade. O segredo está em não abandonar o plano, mas em ajustá-lo de forma consciente, garantindo que os objetivos de longo prazo permaneçam ao alcance.
Fontes: Serasa