Empresas brasileiras mais impactadas pelas tarifas dos EUA em 1º de agosto

Embraer, agronegócio e químicas lideram perdas no mercado com expectativa de tarifas de 50%

MERCADO

Equipe Feed Financeiro

7/30/20252 min read

A aproximação da data de 1º de agosto, quando os Estados Unidos devem impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, já começa a pressionar o mercado e afetar diretamente empresas listadas na B3 com forte exposição ao fluxo de exportação para os EUA.

A Embraer é apontada como a principal afetada: cerca de 60% da receita da fabricante de aeronaves está vinculada ao mercado estadunidense e quatro quintos dos seus jatos corporativos ou regionais podem ser impactados. As ações da empresa caíram até 8%, com analistas alertando que o impacto na receita pode ser comparável ao choque da pandemia em termos de magnitude.

No agronegócio, setores como suco de laranja e café enfrentam forte exposição aos EUA. O país importa aproximadamente 42% do suco de laranja exportado pelo Brasil, e os preços domésticos já haviam caído pela metade — indício de grande fragilidade antes mesmo da aplicação das tarifas. Já empresas de carne bovina, como JBS e Marfrig, estimam perdas acumuladas de até US$ 1 bilhão se a tarifa for aplicada, pois os EUA representam cerca de 12% do volume exportado por essas companhias.

No setor químico, exportadores como resinas e fertilizantes já registraram cancelamentos de pedidos e dificuldades de financiamento, com impacto direto em empresas como Braskem. A cadeia química afeta também insumos para agricultura e produção industrial.

Por outro lado, a WEG, fabricante de motores e eletroeletrônicos, pretende mitigar os efeitos por meio de redirecionamento de exportações a outros mercados como México e Índia. Sua exposição aos EUA é inferior a um terço das vendas e a empresa indica resiliência.

O impacto generalizado também alcança o setor financeiro e industrial: ações de bancos como Itaú Unibanco e Santander Brasil caíram até 4,2%, enquanto Nu Holdings recuou 4,5% e Petrobras em 0,4%, refletindo maior aversão ao risco e volatilidade.

Nota editorial: A imagem deste artigo é meramente ilustrativa, gerada por inteligência artificial. Não representa eventos, pessoas, objetos ou lugares reais. Em caso de figuras públicas, marcas ou personagens fictícios, a representação é simbólica e sem intenção de retratar fatos reais ou infringir direitos autorais.

Principais Informações

  • Embraer é a mais impactada, com queda de até 8% nas ações

  • Suco de laranja e café perdem competitividade com forte exposição ao mercado dos EUA

  • Exportadores de carne estimam perdas de US$ 1 bilhão em carne bovina

  • Setor químico já sofre com cancelamento de contratos e quebra de demanda

  • WEG deve redirecionar exportações para evitar impacto direto dos EUA

  • Bancos e ações industriais registram quedas elevadas por aversão ao risco

Opinião Feed Financeiro

Empresas brasileiras com forte vínculo comercial com os EUA estão entre as mais vulneráveis neste momento. A proximidade das tarifas de 50% acelera a necessária reavaliação de riscos por parte dos investidores. Em meio à volatilidade, é fundamental diversificar o portfólio e buscar empresas com menor exposição a shocks externos — como aquelas com operações mais diversificadas geograficamente ou estratégias resilientes como a WEG. A prudência e o ajuste de posições podem ajudar a limitar perdas enquanto se navega o cenário de incertezas.

Fontes: Reuters