Expectativas para 1º de agosto impactam mercado brasileiro
Criação de linhas de crédito e debate sobre nova taxação elevam risco fiscal e volatilidade do real
MERCADO


Em 1º de agosto de 2025, o mercado brasileiro vive um momento de atenção redobrada. A partir dessa data, entram em vigor novas tarifas dos Estados Unidos sobre produtos nacionais, elevando taxas de importação de 10% para 50% — medida que afeta cerca de 10 mil empresas brasileiras. O governo já prepara um plano de crédito para mitigação dos impactos, segundo anunciou o ministro da Fazenda em 24 de julho.
Ao mesmo tempo, o Congresso se prepara para um debate crucial sobre a nova taxação de criptomoedas, que estabelece uma taxa fixa de 17,5% sobre ganhos de criptoativos, definida pela Medida Provisória nº 1303. A audiência está marcada para 6 de agosto, com prazo até 8 de outubro para aprovação definitiva.
Essa convergência entre estímulos emergenciais e discussões fiscais cria um ambiente de incerteza política e econômica. Enquanto a linha de crédito busca conter os efeitos das tarifas, a possível aprovação da taxação cripto amplia o risco regulatório, impactando a confiança dos investidores.
Se aprovada, a taxação homologará o fim da isenção mensal de R$ 35.000 em ganhos cripto e estenderá a tributação a operações DeFi, carteiras offshore e NFTs. Isso pode alterar significativamente o fluxo de capital entre ativos, reduzindo a atratividade de investimentos digitais no curto prazo.
Além disso, o governo federal reportou aumento recorde na arrecadação tributária no primeiro semestre, com crescimento de 6,6% em termos reais. Parte desse incremento decorre da elevação do IOF – imposto sobre operações financeiras – mesmo após manifestações contrárias de entidades bancárias que defendem revisão de gastos antes de novos reajustes.
Diante desse cenário, o real sofreu forte pressão: câmbio volátil, avaliação de risco fiscal elevada e o posicionamento defensivo de investidores dificultam a definição de estratégias para o mês de agosto. A expectativa de continuidade da Selic em 15% eleva o custo de oportunidade, ao mesmo tempo que limita o apelo a ativos de maior risco.
Nota editorial: A imagem deste artigo é meramente ilustrativa, gerada por inteligência artificial. Não representa eventos, pessoas, objetos ou lugares reais. Em caso de figuras públicas, marcas ou personagens fictícios, a representação é simbólica e sem intenção de retratar fatos reais ou infringir direitos autorais.
Principais Informações
Novas tarifas dos EUA de 50% sobre produtos brasileiros entram em vigor em 1º de agosto
Governo planeja linhas de crédito para cerca de 10 mil empresas afetadas
Audiência da taxação de cripto (17,5%) marcada para 6 de agosto, prazo até 8 de outubro
A nova lei elimina isenção de R$ 35 mil/mês e tributa DeFi, NFTs e carteiras offshore
Arrecadação federal registra alta de 6,6% no 1º semestre, com aumento de IOF
Mercado adota postura defensiva diante da incerteza fiscal e câmbio instável
Opinião Feed Financeiro
O início de agosto marca uma encruzilhada para o mercado local, entre estímulos emergenciais e ajustes estruturais. A dualidade entre apoio creditício e taxação mostra que a dinâmica política pode influenciar tão fortemente quanto os indicadores econômicos. Para o investidor, a cautela é fundamental: diversificação, foco em liquidez e atenção à legislação cripto são essenciais. Neste período de transição, o equilíbrio e a resiliência trazem mais segurança para os próximos passos.
Fontes: Reuters, CoinCentral, Cointelegraph