Resumo da semana: B3 acumula queda de 0,26% e dólar recua ao menor nível em 15 meses
Mercado doméstico realiza lucros após recordes, enquanto dólar cai para R$ 5,35 com cenário externo positivo
MERCADO


A B3 encerrou a semana em queda acumulada de 0,26%, após ter registrado recordes nominais nos últimos pregões. No fechamento desta sexta-feira, o índice recuou 0,61%, terminando o dia aos 142.271,58 pontos. O volume financeiro somou cerca de R$ 17,2 bilhões, indicando movimentação moderada em comparação com as sessões anteriores.
O dólar comercial caiu 0,72% no dia, encerrando a R$ 5,35, menor valor em aproximadamente 15 meses. A queda foi favorecida pela expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos, após dados de inflação alinhados às projeções, e pela percepção de melhora institucional no Brasil após a decisão do Supremo Tribunal Federal.
Balanço da semana e setores em destaque
Ao longo da semana, a bolsa brasileira oscilou entre ganhos pontuais e realização de lucros, refletindo o ajuste natural após a sequência de recordes. Setores financeiros tiveram desempenho negativo, com ações de bancos como Itaú e Bradesco entre as que mais contribuíram para a correção do índice.
Por outro lado, empresas ligadas a consumo e proteínas animais se destacaram positivamente. Papéis de Minerva e Marfrig registraram alta, acompanhados por ganhos de RD Saúde. O comportamento setorial reforça a seletividade dos investidores, que buscaram oportunidades específicas em meio à volatilidade.
Contexto político e internacional
O cenário político continuou no radar, com repercussão da decisão do STF que formou maioria pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. O mercado interpretou o resultado como um passo de maior previsibilidade institucional, o que reduziu parte do risco percebido por investidores estrangeiros.
No cenário externo, os dados de inflação ao consumidor dos Estados Unidos, divulgados durante a semana, vieram em linha com as expectativas e reforçaram a leitura de que o Federal Reserve pode iniciar cortes de juros em breve. Esse fator sustentou o fluxo de capital para mercados emergentes e contribuiu para a queda do dólar frente ao real.
Imagem meramente ilustrativa
Principais Informações
B3 acumulou queda de 0,26% na semana.
Índice recuou 0,61% no pregão de sexta-feira, fechando aos 142.271,58 pontos.
Volume financeiro negociado: R$ 17,2 bilhões.
Dólar caiu 0,72% no dia, cotado em R$ 5,35, menor nível em 15 meses.
Bancos como Itaú e Bradesco registraram perdas na semana.
Empresas como Minerva, Marfrig e RD Saúde tiveram ganhos.
STF formou maioria pela condenação de Bolsonaro, reduzindo incerteza institucional.
Dados de inflação nos EUA reforçaram expectativa de cortes de juros pelo Fed.
Opinião Feed Financeiro
O desempenho da B3 nesta semana mostra como a realização de lucros é parte natural após períodos de recordes. Apesar da queda acumulada de 0,26%, o patamar acima de 142 mil pontos mantém a bolsa em nível historicamente elevado. A correção pode ser interpretada como saudável, permitindo ajustes sem comprometer a tendência de longo prazo.
A queda expressiva do dólar para o menor nível em 15 meses reforça a força do fluxo estrangeiro, sustentado tanto pelo alívio institucional no Brasil quanto pelo cenário internacional favorável. Esse movimento beneficia setores expostos ao consumo doméstico e reduz pressões inflacionárias, criando ambiente mais equilibrado para os próximos pregões.
Ainda que o otimismo predomine, a próxima semana será decisiva, com atenção voltada para os desdobramentos do julgamento no STF e para os sinais da política monetária americana. A trajetória da bolsa dependerá do equilíbrio entre fundamentos econômicos, estabilidade institucional e liquidez global.
Fontes: Bora Investir, Reuters