Resumo da semana: B3 fecha em alta recorde
Ibovespa sobe 0,86 % na semana e encerra aos 142.640 pontos; dólar recua para R$ 5,41
MERCADO


A bolsa brasileira encerrou a primeira semana de setembro em clima de otimismo, registrando novo recorde histórico. O Ibovespa avançou 0,86 % na semana, fechando a sexta-feira aos 142.640 pontos, o maior nível nominal já alcançado. A máxima intradiária chegou a 143.408 pontos, enquanto a mínima foi de 141.277. O volume financeiro superou R$ 22 bilhões, confirmando maior presença de investidores estrangeiros e fluxo consistente para ativos domésticos.
Trajetória ao longo da semana
A performance do índice foi marcada por oscilações diárias que reforçaram o ambiente de cautela e recuperação. Na segunda-feira, o feriado nos Estados Unidos reduziu a liquidez e resultou em leve queda. Na terça, o PIB brasileiro do segundo trimestre, com crescimento de 0,4 %, trouxe leitura de desaceleração, somada ao julgamento político no STF, pressionando os ativos. A quarta-feira manteve o tom negativo, puxada por bancos e petróleo, levando o Ibovespa a perder o patamar dos 140 mil pontos. A reviravolta ocorreu na quinta, quando indicadores americanos de emprego mostraram fraqueza maior que a prevista, reacendendo expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve. Esse fator ganhou força na sexta, com o payroll reforçando a leitura de desaceleração econômica nos EUA e sustentando o recorde histórico.
Câmbio e fatores externos
O dólar comercial caiu 0,63 % na sexta-feira, terminando cotado a R$ 5,41. Na soma da semana, acumulou recuo de 0,15 %, reforçando a percepção de que a moeda americana segue sob pressão. O payroll mais fraco nos EUA aumentou a convicção de que o Fed poderá reduzir os juros ainda em setembro, o que ampliou o apetite por risco em mercados emergentes. Essa mudança de perspectiva favoreceu o câmbio no Brasil e derrubou os juros futuros, trazendo alívio adicional para empresas mais sensíveis ao crédito.
Setores em destaque
Entre as companhias que se valorizaram na semana, Cosan liderou os ganhos apoiada nas expectativas sobre a Raízen. Magazine Luiza, Ultrapar e CVC também registraram altas significativas, destacando-se em meio ao movimento positivo. Apesar da volatilidade do petróleo e do minério de ferro, o predomínio do otimismo permitiu ao índice alcançar patamares inéditos.
Imagem meramente ilustrativa
Principais Informações
Ibovespa subiu 0,86 % na semana, fechando aos 142.640 pontos.
Máxima intradiária registrada em 143.408 pontos.
Volume financeiro acima de R$ 22 bilhões.
Dólar caiu 0,63 %, encerrando a R$ 5,41.
Recuo semanal do dólar foi de 0,15 %.
Expectativa de corte de juros nos EUA impulsionou o mercado.
Cosan, Magazine Luiza, Ultrapar e CVC se destacaram entre as maiores altas.
Opinião Feed Financeiro
O recorde histórico alcançado nesta semana evidencia como o fluxo global de capitais segue determinante para a bolsa brasileira. O alívio no câmbio e a valorização de empresas ligadas ao consumo mostram que investidores estão dispostos a assumir mais risco diante da possibilidade de cortes de juros nos Estados Unidos. No entanto, é preciso cautela: recordes não são garantia de tendência sustentável.
A continuidade dessa trajetória dependerá da confirmação da política monetária americana e da estabilidade dos fundamentos internos, especialmente na área fiscal. Se os cortes do Fed forem efetivados, o mercado pode buscar novas máximas. Porém, qualquer sinal de reversão pode gerar ajustes rápidos, como já ocorreu em outros momentos de euforia. Para o investidor, o marco histórico deve ser visto como sinal de confiança, mas também como convite à análise crítica sobre a solidez do movimento.
Fontes: Poder360, Infomoney, Borainvestir B3