Resumo do dia: B3 avança 1,06% e dólar tem leve alta após Fed e Copom

Bolsa brasileira renova recorde histórico impulsionada pelo corte de juros nos EUA e por um cenário doméstico de cautela

MERCADO

Equipe Feed Financeiro

9/18/2025

A "superquarta" do mercado financeiro foi marcada por um recorde histórico para o Ibovespa. O principal índice da B3 fechou o dia em alta de 1,06%, aos 145.593 pontos, impulsionado, em grande parte, pela decisão do Federal Reserve (Fed) de cortar a taxa de juros nos Estados Unidos. A medida, amplamente aguardada pelos investidores, injetou um ânimo global nos mercados de risco, beneficiando também o Brasil. No cenário doméstico, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central optou por manter a Selic inalterada, uma decisão que já era esperada e, por isso, não causou grandes abalos no pregão.

Corte de juros do Fed e seus reflexos globais

A notícia mais aguardada do dia veio de Washington, onde o Federal Open Market Committee (FOMC) do Fed anunciou a primeira redução da taxa de juros em 2025, um corte de 0,25 ponto percentual. A decisão sinaliza o início de um novo ciclo de flexibilização monetária na maior economia do mundo. Esse movimento tende a diminuir a atratividade dos títulos de dívida americanos e direcionar o capital para mercados emergentes em busca de maior rentabilidade. No Brasil, o fluxo de investidores estrangeiros foi percebido com a valorização do Ibovespa, que renovou sua máxima histórica pela terceira sessão consecutiva. O dólar à vista, por sua vez, fechou com leve alta de 0,06%, aos R$ 5,3019, interrompendo uma sequência de cinco quedas seguidas e refletindo a volatilidade do mercado.

Ações de varejo em destaque na B3

A alta do Ibovespa foi generalizada, mas o setor de varejo se destacou, impulsionado pela expectativa de um cenário econômico mais favorável e pela possível retomada do consumo. Papéis de empresas como Magazine Luiza (MGLU3) e Assaí (ASAI3) registraram valorização expressiva, demonstrando a sensibilidade do setor ao sentimento de otimismo dos investidores. Empresas de peso, como Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), também contribuíram para o avanço do índice, apesar de variações mais modestas. O cenário político-econômico no Brasil, com o Copom mantendo a taxa Selic em 15% ao ano, continua a ser monitorado de perto. A estabilidade da política monetária local permitiu que a atenção dos investidores se concentrasse nos desdobramentos internacionais, que, neste dia, foram preponderantes para o desempenho da bolsa.

Imagem meramente ilustrativa

Principais Informações

  • O Ibovespa fechou com alta de 1,06%, alcançando 145.593 pontos, uma nova máxima histórica de fechamento.

  • O Federal Reserve (Fed) dos EUA cortou a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, a primeira redução no ano.

  • O Banco Central do Brasil (Copom) manteve a taxa Selic em 15% ao ano.

  • O dólar à vista encerrou o dia com uma leve alta de 0,06%, cotado a R$ 5,3019.

  • Ações de varejo, como Magazine Luiza e Assaí, lideraram os ganhos do dia na B3.

Opinião Feed Financeiro

A "superquarta" de fato entregou o que prometia, com o Ibovespa surfando a onda de otimismo vinda da maior economia do mundo. A decisão do Fed, que muitos consideravam inevitável, foi o gatilho para a euforia do mercado. É crucial, no entanto, que o investidor não se deixe levar apenas pelos recordes e mantenha uma perspectiva de longo prazo. A volatilidade é uma constante no mercado de ações, e fatores como a política fiscal doméstica e a dinâmica global do minério de ferro e do petróleo ainda podem influenciar o desempenho do Ibovespa. O cenário de juros altos no Brasil, mesmo com a taxa americana em queda, continua a ser um ponto de atenção, equilibrando o otimismo com a necessidade de cautela.

Fontes: InfoMoney, E-Investidor, CNN Brasil, Money Times, ISTOÉ Dinheiro