Resumo do dia: B3 fecha em alta de 0,54% e dólar recua

Bolsa reage positivamente a dados de deflação no IPCA e melhora no cenário externo

MERCADO

Equipe Feed Financeiro

9/11/2025

A B3 encerrou o pregão desta quarta-feira em alta de 0,54%, aos 142.386,85 pontos. O resultado foi impulsionado pela divulgação do IPCA de agosto, que apontou deflação e trouxe alívio às expectativas de inflação no país. O movimento reforçou a percepção de que o Banco Central pode ter espaço para flexibilizar a política monetária de forma mais gradual. O volume financeiro negociado no dia foi de R$ 16,76 bilhões.

O dólar comercial acompanhou o bom humor e recuou 0,53%, fechando cotado em R$ 5,4071. A queda refletiu não apenas o efeito doméstico dos dados de inflação, mas também a divulgação do índice de preços ao produtor (IPP) dos Estados Unidos, que veio abaixo das projeções e reforçou apostas de cortes de juros pelo Federal Reserve.

Impactos do IPCA e julgamento no STF

A deflação registrada pelo IPCA de agosto foi interpretada como sinal positivo para o equilíbrio dos preços, reduzindo pressões sobre os juros no Brasil. O indicador contribuiu diretamente para o desempenho positivo da bolsa, especialmente em setores ligados ao consumo e ao varejo, mais sensíveis ao crédito.

No campo político, a retomada do julgamento envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal foi acompanhada de perto pelos investidores. A condução do processo trouxe maior clareza institucional, reduzindo parte da incerteza que vinha pesando sobre os negócios.

Repercussão internacional e setores beneficiados

O cenário externo também favoreceu a B3. Nos Estados Unidos, o IPP abaixo do esperado reforçou a leitura de que a inflação americana está sob controle, o que fortalece as apostas de cortes de juros pelo Fed. Esse movimento reduziu a pressão sobre moedas emergentes e contribuiu para a queda do dólar frente ao real.

Na bolsa brasileira, o otimismo foi refletido em ganhos mais amplos, ainda que sem destaques individuais expressivos. O avanço ocorreu de forma mais generalizada, com empresas de consumo e setores cíclicos entre os maiores beneficiados pelo alívio inflacionário.

Imagem meramente ilustrativa

Principais Informações

  • B3 avançou 0,54%, fechando aos 142.386,85 pontos.

  • Volume financeiro negociado: R$ 16,76 bilhões.

  • Dólar recuou 0,53%, cotado em R$ 5,4071.

  • IPCA de agosto registrou deflação, trazendo alívio para expectativas de inflação.

  • Julgamento no STF trouxe maior clareza institucional.

  • IPP dos EUA abaixo do esperado reforçou apostas em cortes de juros pelo Fed.

Opinião Feed Financeiro

O resultado da B3 evidencia a relevância dos dados de inflação na formação das expectativas de mercado. A deflação no IPCA de agosto foi recebida como sinal positivo, indicando que pressões inflacionárias podem estar arrefecendo, o que fortalece a percepção de que o ciclo de política monetária pode caminhar para maior flexibilização.

A queda do dólar mostra como fatores domésticos e externos convergiram em favor do Brasil neste pregão. O recuo da moeda americana reforça a atratividade dos ativos locais em um ambiente de liquidez global mais favorável.

Ainda assim, a cautela permanece necessária. O julgamento em andamento no STF adiciona componentes de risco político, e a continuidade dos indicadores econômicos nos próximos meses será decisiva para confirmar se a tendência de alívio nos preços é consistente. O dia trouxe confiança e reforça que os fundamentos podem se alinhar a um cenário mais construtivo.

Fontes: E-Investidor, Reuters