Resumo do dia: B3 fecha em alta de 0,54% e dólar recua
Bolsa reage positivamente a dados de deflação no IPCA e melhora no cenário externo
MERCADO


A B3 encerrou o pregão desta quarta-feira em alta de 0,54%, aos 142.386,85 pontos. O resultado foi impulsionado pela divulgação do IPCA de agosto, que apontou deflação e trouxe alívio às expectativas de inflação no país. O movimento reforçou a percepção de que o Banco Central pode ter espaço para flexibilizar a política monetária de forma mais gradual. O volume financeiro negociado no dia foi de R$ 16,76 bilhões.
O dólar comercial acompanhou o bom humor e recuou 0,53%, fechando cotado em R$ 5,4071. A queda refletiu não apenas o efeito doméstico dos dados de inflação, mas também a divulgação do índice de preços ao produtor (IPP) dos Estados Unidos, que veio abaixo das projeções e reforçou apostas de cortes de juros pelo Federal Reserve.
Impactos do IPCA e julgamento no STF
A deflação registrada pelo IPCA de agosto foi interpretada como sinal positivo para o equilíbrio dos preços, reduzindo pressões sobre os juros no Brasil. O indicador contribuiu diretamente para o desempenho positivo da bolsa, especialmente em setores ligados ao consumo e ao varejo, mais sensíveis ao crédito.
No campo político, a retomada do julgamento envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal foi acompanhada de perto pelos investidores. A condução do processo trouxe maior clareza institucional, reduzindo parte da incerteza que vinha pesando sobre os negócios.
Repercussão internacional e setores beneficiados
O cenário externo também favoreceu a B3. Nos Estados Unidos, o IPP abaixo do esperado reforçou a leitura de que a inflação americana está sob controle, o que fortalece as apostas de cortes de juros pelo Fed. Esse movimento reduziu a pressão sobre moedas emergentes e contribuiu para a queda do dólar frente ao real.
Na bolsa brasileira, o otimismo foi refletido em ganhos mais amplos, ainda que sem destaques individuais expressivos. O avanço ocorreu de forma mais generalizada, com empresas de consumo e setores cíclicos entre os maiores beneficiados pelo alívio inflacionário.
Imagem meramente ilustrativa
Principais Informações
B3 avançou 0,54%, fechando aos 142.386,85 pontos.
Volume financeiro negociado: R$ 16,76 bilhões.
Dólar recuou 0,53%, cotado em R$ 5,4071.
IPCA de agosto registrou deflação, trazendo alívio para expectativas de inflação.
Julgamento no STF trouxe maior clareza institucional.
IPP dos EUA abaixo do esperado reforçou apostas em cortes de juros pelo Fed.
Opinião Feed Financeiro
O resultado da B3 evidencia a relevância dos dados de inflação na formação das expectativas de mercado. A deflação no IPCA de agosto foi recebida como sinal positivo, indicando que pressões inflacionárias podem estar arrefecendo, o que fortalece a percepção de que o ciclo de política monetária pode caminhar para maior flexibilização.
A queda do dólar mostra como fatores domésticos e externos convergiram em favor do Brasil neste pregão. O recuo da moeda americana reforça a atratividade dos ativos locais em um ambiente de liquidez global mais favorável.
Ainda assim, a cautela permanece necessária. O julgamento em andamento no STF adiciona componentes de risco político, e a continuidade dos indicadores econômicos nos próximos meses será decisiva para confirmar se a tendência de alívio nos preços é consistente. O dia trouxe confiança e reforça que os fundamentos podem se alinhar a um cenário mais construtivo.
Fontes: E-Investidor, Reuters