Resumo do dia: B3 fecha em alta e dólar recua
Ibovespa sobe 1,04% e retoma os 139 mil pontos; dólar recua com impacto do Caged e falas do Banco Central
MERCADO


A bolsa brasileira encerrou o pregão em alta consistente, retomando os 139 mil pontos em um movimento de recuperação que animou os investidores. O Ibovespa avançou 1,04%, fechando aos 139.205 pontos, patamar que não era registrado desde julho. O resultado reflete uma combinação de fatores internos e externos que ajudaram a sustentar a demanda por ativos de risco. O volume financeiro girou em torno de R$ 18,3 bilhões, superior ao das últimas sessões, o que indica maior participação do mercado em função das divulgações econômicas do dia e de expectativas renovadas sobre o cenário de juros.
Reação do câmbio e do mercado de trabalho
No câmbio, o dólar à vista caiu 0,32%, encerrando cotado a R$ 5,4170. A moeda americana recuou acompanhando o movimento global e reagindo ao dado de emprego formal no Brasil. Segundo o Caged, foram criadas 129.775 vagas em julho, resultado positivo, mas inferior às projeções. Mesmo assim, o número reforçou a visão de que a economia mantém resiliência e de que o Banco Central tem espaço para seguir no ciclo de cortes da Selic. No exterior, um leve recuo nas taxas dos Treasuries ajudou a reduzir a aversão ao risco e favoreceu moedas e bolsas de países emergentes.
Setores em destaque e fatores externos
Os ganhos do Ibovespa foram sustentados principalmente pelas ações de bancos, como Itaú Unibanco e Banco do Brasil, que tiveram alta consistente, além da valorização de Braskem. Varejo e construção civil também registraram desempenho positivo, impulsionados pela perspectiva de juros mais baixos no médio prazo. No setor de commodities, o petróleo oscilou próximo à estabilidade, enquanto o minério de ferro avançou levemente, contribuindo para o suporte de papéis ligados à exportação e mineração. Apesar do ambiente mais favorável, investidores continuam atentos às incertezas externas, especialmente à política monetária dos Estados Unidos, que segue sendo fator determinante para o fluxo de capitais.
Imagem meramente ilustrativa
Principais Informações
Ibovespa subiu 1,04%, fechando aos 139.205 pontos.
Volume financeiro aproximado de R$ 18,3 bilhões.
Dólar à vista caiu 0,32%, cotado a R$ 5,4170.
Caged registrou criação de 129.775 vagas em julho.
Itaú, Banco do Brasil e Braskem lideraram os ganhos.
Commodities estáveis a levemente positivas ajudaram exportadoras.
Ambiente externo continua a influenciar a volatilidade na B3.
Opinião Feed Financeiro
O pregão representou um alívio para o mercado, que voltou a ver o Ibovespa superar os 139 mil pontos em meio a um cenário de maior confiança. A queda do dólar e o avanço de ações ligadas a bancos e exportadoras ajudaram a sustentar o resultado, reforçando a leitura de que há espaço para a continuidade do ciclo de cortes de juros.
No entanto, a melhora deve ser vista com cautela. O resultado do Caged foi positivo, mas não superou as projeções, e a incerteza externa continua sendo um obstáculo relevante. As decisões do Federal Reserve permanecem no centro das atenções, já que qualquer mudança de tom pode alterar rapidamente os fluxos de capital. O desafio para o mercado brasileiro será transformar movimentos pontuais de otimismo em uma tendência mais duradoura, apoiada tanto por fundamentos domésticos quanto por um ambiente externo mais previsível.
Fontes: Money Times, UOL Economia, ADVFN