Resumo do dia: B3 fecha em alta e dólar recua novamente
Ibovespa sobe 1,32% e atinge 141.049 pontos; dólar recua com maior apetite ao risco
MERCADO


A bolsa brasileira encerrou o pregão desta quinta-feira em forte alta, refletindo maior otimismo dos investidores diante de sinais externos mais favoráveis e de pesquisas eleitorais que reforçaram a percepção de estabilidade política no país. O Ibovespa avançou 1,32%, fechando aos 141.049 pontos, o maior nível desde julho. Durante a sessão, o índice chegou a registrar máxima intradiária de 142.138 pontos, sustentado pelo desempenho positivo de papéis de grande peso e pelo avanço consistente do setor financeiro. O volume financeiro superou a média recente, mostrando participação mais ativa de investidores locais e estrangeiros.
Reação do câmbio e apetite externo
O dólar comercial recuou cerca de 0,20%, encerrando cotado em torno de R$ 5,41. O movimento foi resultado de um ambiente global mais receptivo a ativos de risco, favorecido por declarações menos rígidas de autoridades do Federal Reserve e por dados que indicaram moderação na economia americana. Essa combinação reduziu a aversão ao risco e fortaleceu moedas de países emergentes. No Brasil, o efeito foi potencializado pelas pesquisas eleitorais, que apontaram cenário mais equilibrado, diminuindo incertezas políticas no curto prazo.
Setores em destaque e ambiente global
O desempenho do Ibovespa foi liderado por ações do setor financeiro, especialmente de Itaú Unibanco e Banco do Brasil, que tiveram alta consistente em meio à perspectiva de juros menores. Empresas do varejo também avançaram, refletindo maior confiança de que a redução da Selic continuará sustentando o consumo. Já papéis de exportadoras tiveram comportamento misto: enquanto mineradoras se beneficiaram da leve alta do minério de ferro, empresas ligadas ao petróleo enfrentaram volatilidade diante da instabilidade da commodity no mercado internacional. Apesar da recuperação expressiva, investidores seguem atentos ao quadro global. As incertezas sobre a política monetária americana e a desaceleração da economia chinesa permanecem como fatores que podem limitar o fôlego da B3 nos próximos pregões.
Imagem meramente ilustrativa
Principais Informações
Ibovespa subiu 1,32%, fechando aos 141.049 pontos.
Máxima intradiária alcançada de 142.138 pontos.
Dólar recuou cerca de 0,20%, cotado próximo a R$ 5,41.
Setores financeiro e de consumo lideraram os ganhos.
Exportadoras tiveram desempenho misto com petróleo volátil e minério em alta.
Pesquisas eleitorais e ambiente externo mais favorável sustentaram o movimento.
Opinião Feed Financeiro
O pregão desta quinta-feira reflete a sensibilidade do mercado a sinais externos e internos. A valorização forte do Ibovespa mostra como a combinação de dólar mais fraco, expectativa de cortes de juros e dados políticos menos turbulentos pode rapidamente impulsionar o apetite por risco. O comportamento dos setores de bancos e varejo reforça a leitura de que a trajetória da Selic continua sendo central para o desempenho de ativos domésticos.
No entanto, é importante observar que o cenário ainda não oferece garantias de consistência. A dependência da política monetária americana e da recuperação da economia chinesa continua elevada, e mudanças repentinas nesses fatores podem reverter os ganhos com a mesma velocidade em que foram conquistados. Para o investidor, a mensagem é clara: o otimismo é bem-vindo, mas precisa ser acompanhado de cautela e análise cuidadosa dos próximos indicadores.