Resumo do dia: B3 fecha em leve alta e dólar recua

A bolsa brasileira encerrou o pregão em leve alta, refletindo um equilíbrio entre fatores internos e externos que ainda mantêm os investidores em compasso de cautela. O índice Ibovespa avançou 0,04%, alcançando os 138.025 pontos, com destaque para o desempenho dos setores de materiais básicos e imobiliário, que sustentaram o índice apesar do ambiente internacional adverso. O volume financeiro movimentado foi considerado baixo, variando entre R$ 10,7 e R$ 15 bilhões, sinal de que parte dos investidores ainda prefere aguardar novos indicadores econômicos para assumir posições mais firmes.

Desempenho do câmbio e juros futuros

O dólar comercial recuou aproximadamente 0,2%, sendo negociado a R$ 5,41 no fechamento. A moeda americana refletiu a expectativa pela divulgação do IPCA-15 e também as projeções revisadas no Boletim Focus, que apontaram para inflação mais controlada. Esse ambiente contribuiu para a queda dos juros futuros na B3, que registraram recuos de até 8 pontos-base nos principais vencimentos. O movimento indica maior confiança do mercado em um cenário de estabilidade de preços e menor pressão sobre a política monetária doméstica.

Novidade no mercado de capitais

Além dos números do pregão, um destaque do dia foi a conclusão da primeira emissão pública de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CPR) pela B3, em parceria com a Klabin (KLBN11). A operação mobilizou R$ 1,5 bilhão e foi estruturada em conjunto com o Itaú BBA e a XP. O lançamento representa um avanço importante ao abrir espaço para a participação de investidores de varejo em instrumentos ligados ao agronegócio, setor estratégico da economia brasileira.

No cenário internacional, os mercados globais mantiveram viés negativo, mas a fala recente do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, trouxe algum alívio. Ao adotar um tom considerado dovish em relação à política monetária, Powell reacendeu a expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos ainda neste ano. Esse fator impulsionou a demanda por ativos de risco em países emergentes, contribuindo para sustentar parte do desempenho positivo da B3.

Imagem meramente ilustrativa

Principais Informações

• Ibovespa subiu 0,04%, encerrando a sessão aos 138.025 pontos.

• Volume financeiro entre R$ 10,7 e R$ 15 bilhões, considerado fraco.

• Dólar recuou cerca de 0,2%, cotado a R$ 5,41.

• Juros futuros caíram até 8 pontos-base, acompanhando revisões do Boletim Focus.

• Primeira emissão pública de CPR da B3, em parceria com a Klabin, levantou R$ 1,5 bilhão.

• No exterior, Powell reforçou expectativa de cortes de juros nos EUA.

Opinião Feed Financeiro

O pregão mostra que a cautela ainda predomina, mas sinais positivos começam a aparecer. A leve alta do Ibovespa e a queda do dólar e dos juros futuros refletem maior confiança em um cenário de inflação mais controlada.

A emissão inédita de CPR da B3 com a Klabin também reforça a evolução do mercado de capitais brasileiro, ao abrir novas opções de investimento. Por outro lado, a dependência de decisões do Federal Reserve segue sendo fator de risco.

Em linhas gerais, o mercado opera entre otimismo moderado e prudência, em um equilíbrio que pode se alterar rapidamente diante de novos indicadores ou sinais externos.

Fontes: Estadão E-Investidor, ADVFN, Guia do Investidor