Resumo do dia: B3 inicia setembro em leve queda
Ibovespa recua 0,10 % e fecha aos 141.283 pontos; dólar avança com baixa liquidez
MERCADO


A bolsa brasileira abriu setembro em tom de cautela, refletindo o impacto do feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos e a menor liquidez dos mercados globais. O Ibovespa recuou 0,10 %, encerrando aos 141.283 pontos, depois de oscilar entre 140.878 e 141.950 ao longo do pregão. O volume financeiro somou cerca de R$ 12 bilhões, bem abaixo da média diária, o que reforça a falta de direcionamento diante da ausência de investidores estrangeiros.
Reação do câmbio e do cenário externo
O dólar comercial encerrou o dia em alta de 0,32 %, cotado a R$ 5,43. A valorização refletiu a menor entrada de recursos externos, em parte explicada pelo feriado nos Estados Unidos, que reduziu a liquidez internacional. Com a pausa dos mercados americanos, os investidores brasileiros ficaram sem referências externas relevantes, o que aumentou a volatilidade do câmbio. A expectativa agora se concentra na divulgação do PIB do segundo trimestre, prevista para esta terça-feira, que deve trazer pistas sobre o ritmo da atividade econômica e influenciar os próximos movimentos da política monetária.
Setores em destaque e expectativas domésticas
Entre os papéis de maior volatilidade, Raízen, Cosan e Fleury figuraram entre as maiores altas do dia, impulsionadas por perspectivas específicas de crescimento e ajustes setoriais. Na ponta oposta, Auren, Vamos e Braskem registraram quedas expressivas, refletindo movimentos de correção e ajustes de portfólio em um pregão marcado por menor liquidez. O setor financeiro teve desempenho misto, com bancos grandes mostrando estabilidade e instituições de médio porte mais pressionadas. Já o setor de consumo apresentou resiliência, sustentado pela expectativa de que a economia, mesmo em ritmo mais moderado, mantenha algum dinamismo com apoio da queda gradual da Selic.
No front internacional, investidores seguem atentos à condução da política monetária dos Estados Unidos. As últimas sinalizações do Federal Reserve reforçam a visão de que o ritmo de alta dos juros pode perder força, mas ainda não há clareza suficiente para afastar os riscos. A China também continua no radar, já que dados mistos sobre atividade industrial podem afetar a demanda global por commodities, influenciando diretamente empresas exportadoras listadas na B3.
Imagem meramente ilustrativa
Principais Informações
Ibovespa caiu 0,10 %, fechando aos 141.283 pontos.
Oscilação entre 140.878 e 141.950 pontos.
Volume financeiro de cerca de R$ 12 bilhões, abaixo da média.
Dólar subiu 0,32 %, encerrando em R$ 5,43.
Raízen, Cosan e Fleury registraram as maiores altas.
Auren, Vamos e Braskem ficaram entre as maiores quedas.
Expectativa concentrada na divulgação do PIB do 2º trimestre.
Opinião Feed Financeiro
O pregão desta segunda-feira foi marcado pela ausência de referência externa e pela preparação para indicadores cruciais. A leve queda do Ibovespa e a alta do dólar são sinais de que o mercado prefere esperar antes de assumir novas posições. A liquidez reduzida reforçou movimentos pontuais, mas não estabeleceu tendência firme.
O dado do PIB do segundo trimestre será determinante para orientar os próximos passos. Caso confirme uma desaceleração moderada, pode fortalecer a visão de que a Selic continuará em trajetória de queda, beneficiando setores ligados ao crédito e ao consumo. Se, por outro lado, o número mostrar fraqueza mais acentuada, o otimismo recente pode perder força rapidamente. O cenário reforça a importância de cautela e leitura detalhada dos dados, em um momento em que a volatilidade continua sendo elemento central das decisões de investimento.
Fontes: UOL Economia, Money Times, Infomoney, IstoÉ Dinheiro