Resumo do dia: B3 recua em dia de cautela

A bolsa brasileira encerrou o pregão desta terça-feira em queda, refletindo um ambiente de maior cautela entre investidores. O Ibovespa recuou 0,67 %, fechando aos 140.335 pontos, após oscilar entre a mínima de 139.625 e a máxima de 141.279. O volume financeiro somou cerca de R$ 21,3 bilhões, próximo à média recente, mas marcado por maior volatilidade diante de fatores econômicos e políticos que dividiram a atenção do mercado.

Reação do câmbio e ambiente externo

O dólar à vista subiu 0,65 %, encerrando cotado a R$ 5,47. O movimento foi resultado do aumento da busca por proteção cambial em um pregão em que investidores avaliaram dados internos e externos. O PIB brasileiro do segundo trimestre mostrou expansão de 0,4 %, ligeiramente acima das projeções, mas o resultado foi interpretado como sinal de desaceleração da atividade econômica. Essa leitura reduziu o otimismo e reforçou a percepção de que o crescimento segue limitado. No cenário internacional, o mercado também monitorou os próximos passos da política monetária americana e os sinais mistos vindos da economia chinesa, que ainda influencia diretamente os preços das commodities e o desempenho de exportadoras brasileiras.

Setores em destaque e fatores internos

A sessão foi marcada por quedas em setores ligados ao crédito e ao consumo, como bancos e varejo, mais sensíveis à percepção de risco. Já empresas exportadoras tiveram desempenho misto: parte foi beneficiada pela valorização do dólar, enquanto outra parte sentiu a pressão da instabilidade no comércio global. Entre os destaques positivos, a Cosan registrou valorização, apoiada por notícias relacionadas à sua controlada Raízen. Além disso, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF aumentou a volatilidade e trouxe maior cautela, em especial em companhias mais expostas ao ambiente político doméstico.

Imagem meramente ilustrativa

Principais Informações

• Ibovespa caiu 0,67 %, fechando aos 140.335 pontos.

• Oscilação intradiária entre 139.625 e 141.279 pontos.

• Volume financeiro de aproximadamente R$ 21,3 bilhões.

• Dólar subiu 0,65 %, encerrando a R$ 5,47.

• PIB do 2º trimestre cresceu 0,4 %, acima das expectativas.

• Julgamento de Jair Bolsonaro no STF adicionou volatilidade.

• Cosan figurou entre os destaques positivos do pregão.

Opinião Feed Financeiro

O pregão de hoje mostra como o mercado brasileiro continua condicionado a uma combinação de fatores econômicos e políticos. O resultado do PIB trouxe algum alívio por superar as projeções, mas não foi suficiente para gerar entusiasmo, já que reforça a percepção de que a economia cresce em ritmo lento. Esse dado, somado ao avanço do dólar, reforça a visão de que os próximos meses ainda serão desafiadores para setores dependentes de crédito e consumo.

O cenário político também ganhou destaque, com o julgamento no STF adicionando incerteza em um ambiente já carregado de volatilidade. Para o investidor, a mensagem principal é de prudência: mesmo quando indicadores vêm acima das expectativas, a leitura depende do contexto mais amplo. Até que haja maior clareza sobre a condução da política monetária internacional e o desfecho de questões políticas internas, a B3 tende a alternar ganhos pontuais com movimentos de correção.

Fontes: CNN Brasil, Veja, Money Times, Borainvestir B3