Resumo do dia: B3 volta a subir, interrompendo queda de três pregões
Ibovespa sobe 0,81% e fecha aos 140.993 pontos; dólar recua em meio a expectativa de corte de juros nos EUA
MERCADO


A bolsa brasileira encerrou o pregão desta quinta-feira em alta, interrompendo uma sequência de três quedas consecutivas. O Ibovespa avançou 0,81 %, fechando aos 140.993 pontos, após oscilar entre a mínima de 139.832 e a máxima de 141.482 ao longo da sessão. O volume financeiro foi de aproximadamente R$ 18,1 bilhões, dentro da média diária, mas com maior participação de investidores estrangeiros diante do otimismo renovado nos mercados globais.
Expectativas e ambiente internacional
A recuperação foi sustentada por sinais vindos da economia americana. O relatório ADP mostrou criação de vagas abaixo do esperado e os pedidos semanais de seguro-desemprego vieram acima das projeções, indicando enfraquecimento do mercado de trabalho nos Estados Unidos. Esses dados reforçaram a expectativa de que o Federal Reserve poderá iniciar cortes de juros já em setembro. Para mercados emergentes, como o Brasil, a perspectiva de política monetária mais branda nos EUA abre espaço para maior fluxo de capitais e valorização dos ativos de risco.
Câmbio e setores em destaque
O dólar comercial caiu 0,09 %, encerrando a sessão cotado a R$ 5,45. O recuo refletiu o movimento global de desvalorização da moeda americana diante da maior expectativa de liquidez. No mercado doméstico, os juros futuros também recuaram, trazendo alívio adicional para setores dependentes de crédito. Entre as maiores altas do Ibovespa, Cosan subiu aproximadamente 6 %, apoiada em perspectivas positivas para a Raízen. Empresas de educação, como Yduqs e Cogna, também avançaram, em meio a revisões otimistas sobre o setor. O petróleo, no entanto, exerceu pressão contrária, com o Brent oscilando em leve queda, o que limitou os ganhos de Petrobras e de outras empresas ligadas à energia.
Equilíbrio entre fatores locais e externos
Apesar do avanço, analistas destacam que o movimento ainda é de recuperação técnica, após a sequência negativa dos últimos dias. O apetite por risco no Brasil continua condicionado ao ambiente internacional, mas também depende da evolução da política fiscal e do quadro político doméstico, que permanecem como fontes de incerteza. A oscilação das commodities, em especial o petróleo, também segue como variável relevante para a trajetória da bolsa.
Imagem meramente ilustrativa
Principais Informações
Ibovespa subiu 0,81 %, fechando aos 140.993 pontos.
Oscilação intradiária entre 139.832 e 141.482 pontos.
Volume financeiro de cerca de R$ 18,1 bilhões.
Dólar caiu 0,09 %, encerrando a R$ 5,45.
Dados de emprego dos EUA reforçaram expectativa de corte de juros pelo Fed.
Cosan, Yduqs e Cogna figuraram entre as maiores altas.
Petróleo exerceu leve pressão negativa sobre Petrobras.
Opinião Feed Financeiro
O pregão desta quinta-feira trouxe alívio ao mercado, mas também um lembrete de que a volatilidade segue presente. A alta do Ibovespa foi impulsionada principalmente pelo otimismo com os dados americanos, mas ainda carece de confirmação nos próximos indicadores. O recuo do dólar e a valorização de setores ligados ao consumo mostram que o investidor está disposto a assumir mais risco, desde que haja sinais consistentes de que o ambiente global se tornará mais favorável.
No entanto, a recuperação não garante uma tendência consolidada. A dependência das decisões do Federal Reserve e a necessidade de maior clareza na política fiscal brasileira continuam como fatores de risco. Se os próximos dados decepcionarem, o otimismo observado hoje pode rapidamente se transformar em nova rodada de ajustes. Para o investidor, a mensagem é clara: o mercado voltou a respirar, mas a cautela ainda é indispensável.
Fontes: Money Times, Borainvestir B3, Infomoney